segunda-feira, 17 de maio de 2010

O POEMA DA MINHA MÃE

A transparência desta janela
aos poucos me fez refletir
Tudo o que me aconteceu 
sem que pudesse decidir

Alguns caminham depressa
na expectativa da noite
Outra cena urbana de um dia que se finda

Das janelas que abri
algumas se partiram

Dessa que observo agora
sinto o reflexo me atingir
desnudando impiedoso
a realidade de uma vida

                                   Marisa  
                                              (minha mãe!)

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