quarta-feira, 5 de maio de 2010


De tanto ter amado como louco
acostumado ficou a tratar com cautela e régua
os toques do próprio coração

Quando este muito lhe batia no peito
tristemente comunicava:
Quieto e calado, coração teimoso!

Tentou entender, a princípio
como metrificar esse pulso
podia, de fato, encontrar um padrão?

O coração retumbava, trôpego.
disrítmico desnorteado
impossível calá-lo
impossível medí-lo

Há um algo
que imprime em cada coração
um ritmo

Há um ritmo
que extraído de cada um se muta
e já não pode ser mudo

para ser poesia.

2 comentários:

  1. Livs, gostei muito do seu poema! é de uma sutileza amável...encantador!

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  2. você é uma banderiana. dá pra ouvir a tísica dentro de você tossindo.

    gostei do poema, sua sacada foi boa.
    mas precisa secar ainda, tem coisa sobrando. sabe? você tá mostrando muito o caminho.
    desafie o leitor.

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