Na janela
caem gotas de tinta verde manchando minha visão do azul
quem sabe
romper as paredes da sala de aula
esgueirando-me pelo vidro aberto
equilibrada no parapeito
alçando um vôo
a esse braço de madeira viva que aponta eternamente o céu
largar o lápis, quem sabe, a mesa estéril,
e tocar com minha pele humana mole a áspera casca de natureza que me olha
do lado de fora.
Da série: Poemas Árvoros.
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